quarta-feira, 9 de maio de 2007

Covasdauro no 221B da Baker Street


Sherlock Holmes faz parte do meu imaginário desde que aprendi a ler. Os livros de Sir Arthur Conan Doyle dedicados ao maior detective de todos os tempos acompanharam muitos dos meus primeiros verões como leitor.

Desde sempre me fascinou a personagem. Pela sua arrogância e genialidade. Pela sua indefinição sexual e dependência de drogas. Pelo seu lado negro que o torna ainda mais fascinante. Pelo actor Jeremy Brett que, na minha opinião, foi a mais poderosa encarnação de Holmes entre 1984 e 1994, na famosa série da Granada Television.

Fascínio pelo qual também é “culpado” o autor. Pela multilinearidade das aventuras e pela inteligência dos enredos, que me obrigaram a puxar pela cabeça desde muito cedo, sempre à procura da solução para o mais misterioso dos mistérios. Pelo brilhantismo de colocar o companheiro Watson a contar as histórias, oferecendo-lhe assim um protagonismo que diminuiria consideravelmente caso ele não fosse o narrador. Pela imensidão da obra dedicada a uma única personagem, com 56 contos e 4 novelas.

E porquê esta declaração apaixonada a Sherlock Holmes? Porque este ano tive o prazer de regressar a Londres, 10 anos depois da minha última visita, para um fim de semana turístico na companhia da minha amada. E qual não foi o meu espanto quando descobri que ia ficar instalado na famosa Baker Street de Sherlock Holmes. E que nem por acaso o hotel onde ficámos chamava-se precisamente Sherlock Holmes Hotel, ali a pouco mais de 100 metros do nº 221B, onde Sherlock Holmes viveu, hoje um museu dedicado a esta fascinante personagem da literatura mundial.

Claro que ainda nem tinha saído de Lisboa e já estava em pulgas para visitar o covil de Sherlock Holmes, cujo registo fotográfico fica aqui exposto, com um auto-retrato sherlockiano à cabeça e duas imagens da estação de metro de Baker Street, a primeira em todo o mundo. E claro que regressei a Lisboa com um livro (desta feita em inglês), “The Case Book of Conan Doyle”, que compila as últimas (e mais negras) aventuras idealizadas por Conan Doyle. Mas estou em crer que a minha relação com Sherlock Holmes não vai ficar por aqui. Pelos menos enquanto houver Moriartys a vaguear por este mundo...












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